NÃO MUDAR É PURA MIOPIA!

Opinião

Sérgio Sant'Anna

Sérgio Sant'Anna

Publicitário

Assuntos e temas do cotidiano

NÃO MUDAR É PURA MIOPIA!

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Atualizado quarta-feira,
12 de Março de 2019 às 10:20

Vale do Taquari
Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

O ano de 2019 amanheceu com o poeta dizendo que os brasileiros viveriam o alvorecer de uma sociedade voltada para o futuro, o raiar da mais pura luz… Aproveito, então, para citar Martha Medeiros, numa simples, mas simbólica frase: “Excesso de expectativa é o caminho mais curto para a frustração”. Ou não entendemos ainda que a mudança que pode vir, definitivamente não se dará por graças divinas e, sim, pelos pés no chão e o arregaçar das mangas.
 
Acredito que para o Vale do Taquari a mensagem seja bem clara e faça todo o sentido, considerando que cada quinhão ganhado por aqui foi resultado de muita peleia e suor – da chegada dos imigrantes à emancipação de cada município e daí por diante.
 
Só para nos posicionarmos e não haver dúvidas que apoio a iniciativa privada e o livre mercado como elementos fundamentais para a sustentabilidade, remeto-me, também, a Adam Smith que, na segunda metade do século XVIII, esboçava algo que podemos considerar como os princípios da soberania do consumidor e também creditava ao empreendedor a responsabilidade sobre a qualidade do seu produto ou serviço, como sendo reflexo do seu empenho em promover seu auto interesse pelo próprio sucesso e resultados.
 
A experiência de ter trabalhado em empresas de grande porte, de nível nacional e internacional, me fez ver também o quanto de responsabilidade o empresariado tem no processo do desenvolvimento das pessoas que emprega. Como consequência de  buscar resultados cada vez mais representativos para sua empresa, o empregador moderno precisa entender que o seu papel no incentivo à capacitação e ao crescimento pessoal e profissional das “suas pessoas” é primordial aos seus avanços.
 
Se, enquanto Vale do Taquari, estamos mais conscientes que podemos ser o vale dos alimentos, o vale do acolhimento, do cooperativismo, da tecnologia, da educação e que podemos muito mais do que atualmente conseguimos expressar, essa consciência dobra de peso.
 
Definitivamente, não se constrói uma bela organização só com fachada. É preciso agir de forma integrada, compartilhando insucessos e alegrias, tirando do papel nossos discursos e colocando definitivamente em prática os livros lidos, os fóruns e congressos a que nos dedicamos, muitas vezes, apenas para ocupar o papel de liderança empresarial e social.
 
É preciso entender que os avanços do mundo e das tecnologias refletiram também sobre o processo cognitivo da humanidade, ou seja, somos – enquanto população – menos burros que nossos pais. A imensa disponibilidade de informação traz consigo isso também, oferece mais bagagem para o nosso computador interno processar tudo que vimos, ouvimos, tocamos e sentimos. Dar vazão a isso é essencial.
 
Enquanto agentes sociais, é necessário assumirmos uma postura crítica também de nossos modelos e buscar conduzir um processo de mudança e adaptação às demandas do mercado e às novas realidades que o mundo impõe. Achar que modelos antigos serão eficientes nas condições atuais é pura miopia.

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