Para repetir a história

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Grêmio e Palmeiras escrevem novo capítulo em rivalidade que teve o ápice nos anos 90

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Para repetir a história

Grêmio e Palmeiras revivem hoje à noite uma rivalidade histórica, que ficou marcada principalmente no bom momento vivido pelas duas equipes nos anos 1990, com duelos pelas copas Libertadores e do Brasil.
Vinte e quatro anos depois, Tricolor e Alviverde se reencontram no caminho pela América. Para o torcedor gremista, fica a lembrança da edição de 1995, quando o Grêmio eliminou o Palmeiras e seguiu rumo ao bicampeonato da Libertadores.
Quis o destino, uma preliminar pelo Campeonato Brasileiro. Depois de um empate no fim de semana, as equipes se enfrentam às 21h30min, na Arena, na primeira partida das quartas de final da competição continental.
Para a partida, o técnico Renato Portaluppi deve escalar os mesmos jogadores que iniciaram o jogo contra o Athletico, na semana passada, pela Copa do Brasil. O provável time titular tem: Paulo Victor; Léo Gomes, Geromel, Kannemann e Bruno Cortez; Maicon, Matheus Henrique e Jean Pyerre; Alisson, Everton e André.
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Do outro lado estará o Palmeiras, que vive um momento conturbado. O time paulista venceu apenas dois jogos após a Copa América, o Inter na Copa do Brasil e o Godoy Cruz na Libertadores. No período, o Alviverde foi eliminado da Copa do Brasil e perdeu a liderança do Brasileirão para o Santos.
A partida deverá marcar a estreia de Luiz Adriano na Libertadores. O provável time tem: Weverton; Marcos Rocha, Luan, Gustavo Gómez e Diogo Barbosa; Felipe Melo e Bruno Henrique; Dudu, Gustavo Scarpa e Willian; Luiz Adriano.

O 12º jogador

Uma certeza acompanha o Grêmio na trajetória da competição continental: o apoio incondicional da torcida. O lajeadense Pablo Portelles Henicka, 22, é daqueles torcedores de carteirinha, que não perdem um jogo do Tricolor. Esteve presente em todas as partidas da Arena na Libertadores deste ano, e vê na competição um clima especial, pois ali estão os melhores times da América do Sul. “Há muita raça e força dentro de campo, todos querem ganhar para se tornar os melhores do continente”, comenta.
Henicka acredita na força do Grêmio e na possibilidade do quarto título continental. É isso que o leva à Arena. “Acredito que temos grandes chances de sair com a vitória mesmo com o Palmeiras sendo uma das principais equipes do país, nós temos a alma copeira.”
Para alcançar o sucesso, vê no apoio da torcida um fator fundamental de motivação para os jogadores. “Com a torcida forte e presente, temos um 12º jogador que pode fazer a diferença nos 90 minutos.”
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Outro torcedor que estará presente na Arena é Augusto Jung Antoniazzi, 22. “Não tenho dúvidas que a Libertadores é uma competição diferente das outras, é a maior da América e nela vemos os melhores times”, comenta.
Antoniazzi acredita que a torcida pode ser a grande diferença que fará o Grêmio superar o forte time do Palmeiras. “A torcida é o 12º jogador. Além de dar motivação e força, é capaz de intimidar o adversário.”
O torcedor tem plena confiança no Tricolor. “O Grêmio tem um excelente histórico na Libertadores e vem apresentando um futebol superior ao do Palmeiras, principalmente em eliminatórias. Isso me faz acreditar na vitória”, finaliza.

Rivalidade histórica

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O primeiro confronto oficial entre as equipes ocorreu no dia 20 de setembro de 1961, em Porto Alegre, pela Taça Brasil, o que é hoje o Campeonato Brasileiro. Na ocasião o Palmeiras levou a melhor, vitória por 3 a 0 no Olímpico e empate por 1 a 1 no Pacaembu. Desde então, Grêmio e Palmeiras vem protagonizando confrontos importantes, principalmente em mata-matas.
O pico da rivalidade ocorreu nos anos 1990, quando as equipes se encontraram seis vezes em seis anos, protagonizando encontros históricos entre craques da época. O Palmeiras tinha jogadores como Edmundo, Rivaldo e Roberto Carlos, no passo que o Grêmio possuía Danrlei, Jardel e Paulo Nunes. Nas casamatas, o Grêmio tinha Felipão, e o Palmeiras Vanderlei Luxemburgo.
O símbolo máximo da rivalidade foram os encontros na Copa Libertadores de 1995, quando o Grêmio levou a melhor pelas quartas de final. No campo, dois grandes jogos e classificação gremista após vitória por 5 a 0 em Porto Alegre, e derrota por 5 a 1 em São Paulo. Naquele ano o Grêmio conquistaria o bicampeonato continental.

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