Papeleiros aguardam lares prometidos pelo governo

Santo Antônio

Papeleiros aguardam lares prometidos pelo governo

Seis meses após a mudança, famílias compartilham casas para garantir abrigo a todos os moradores

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Papeleiros aguardam lares prometidos pelo governo

Aadministração municipal lançou edital de licitação para a construção de quatro casas populares no bairro Santo Antônio. Elas foram prometidas às famílias que moravam na antiga Vila dos Papeleiros, às margens da ERS-130, e que foram transferidas para o loteamento no bairro Santo Antônio.
O edital convoca empresas interessadas em construir as casas populares, incluindo o material utilizado e a mão de obra. A sessão pública para entrega das propostas será realizada em 5 de setembro, às 14h, na Sala de Licitações da prefeitura.
A construção dessas casas estava prevista no termo de audiência firmado com o Ministério Público em dezembro de 2018. As primeiras seis residências já foram entregues em fevereiro com recursos da Secretaria do Trabalho, Habitação e Assistência Social (Sthas) e pelo Sindicato das Indústrias da Construção Civil (Sinduscom-VT).
Também já foi entregue o galpão de reciclagem, que possui 144 m² para as famílias continuarem na separação e triagem dos materiais que recolhem para a reciclagem. Mas o espaço ainda não está sendo utilizado.

Equipamentos

Segundo um dos moradores do loteamento, Michel Pereira Barreto, 40, ainda faltam prensa, esteira e balança para que seja possível iniciar o trabalho de reciclagem no galpão. Ele explica que todas as famílias que moram no loteamento pertencem à Associação Sepé Tiaraju, e que a ideia é organizar o serviço para se tornar uma cooperativa de reciclagem. “Desta forma vamos conseguir distribuir os salários e ajudar as famílias”, diz Barreto.
Enquanto as outras casas não são construídas, os moradores se dividem nas moradias. Angélica Maria Voht, 22, teve um filho faz dois meses. Ela mora com os pais Paulo da Silva e Neusa Terezinha Voht enquanto sua casa ainda não está pronta. Silva também ajudou a construir uma casinha para o cunhado nos fundos da casa da família.
“Nós estamos vivendo muito melhor, mas ainda faltam algumas coisas que o governo nos prometeu para saírmos da Vila dos Papeleiros”, ressalta. Segundo ele, falta o acabamento das casas já entregues. Em dias de chuva costuma entrar água na casa deles.

Sobre a licitação

Segundo o secretário da Sthas, Lorival Silveira, não foram entregues todas as casas em fevereiro por não haver materiais suficientes em estoque. Por isso, uma nova licitação foi feita. Conforme o edital, o valor referência para cada unidade habitacional está estimado em cerca de R$ 36 mil, que será pago com o valor do Fundo Municipal da Sthas. Dentre as propostas aceitas, será vencedora a que apresentar o menor preço global para a execução do objeto.
O prazo de conclusão será de 60 dias após a emissão da Ordem de Serviços pelo engenheiro responsável. O edital está disponível no site da Prefeitura, na página de Licitações. O secretário também explica que a Sthas procura, por meio da assistência social, acompanhar as famílias que vivem no loteamento e organizá-los para que possam se sustentar.
 

BIBIANA FALEIRO – [email protected]

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