O que devemos  aprender para inovar?

Opinião

Cíntia Agostini

Cíntia Agostini

Vice-presidente do Codevat

Assuntos e temas do cotidiano

O que devemos aprender para inovar?

Por

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Semanas atrás estive, juntamente com demais integrantes do nosso Parque Científico e Tecnológico do Vale do Taquari – Tecnovates –, em um evento nacional que trata de inovação, o Innovation Summit Brasil e o Encontro Nacional dos Ambientes de Inovação.
Dos tantos aprendizados desses dias de encontro, uma das falas que tivemos oportunidade de assistir foi do atual ministro de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior de Portugal, o Doutor Manuel Heitor.
O que mais me chamou atenção foi quando este expôs um slide do que seu país aprendeu em se tratando de ciência, tecnologia e inovação nos últimos 4 anos inseridos na União Europeia: o primeiro aspecto salientado por este foi “pessoas, pessoas, pessoas…”, ou seja, a qualificação e a promoção da massificação do desenvolvimento de competências e processos coletivos de aprendizagem, democratizando a todos o acesso ao conhecimento. O segundo aspecto trata das instituições e que estas devem ser mais e mais diversas, “estimulando uma visão holística da pesquisa e desenvolvimento e da inovação”, ou seja, a promoção da diversificação institucional e da atividade de pesquisa e desenvolvimento, juntamente com a mediação das instituições. E terceiro, a diversificação da estrutura econômica e o nível de incentivos para ampliar o acesso a inovação, a qual se faz com o aumento dos investimentos públicos e privados em pesquisa e desenvolvimento, mas que evite a concentração dos financiamentos de parte de um ator ou em uma cadeia produtiva somente.
Em resumo, tudo se faz com pessoas engajadas, engajadas pessoalmente, engajadas em suas instituições e engajadas nas articulações entre todos os envolvidos. Naquele momento, ouvindo a fala do ministro português, eu senti que tudo fez sentido. Não adianta falarmos nas tecnologias, nas inovações, sem falarmos daqueles que fazem estas acontecer, as pessoas. São estas que inventam e inovam, são estas que aderem a processos coletivos que possibilitam a ampliação da qualidade de vida da população.
Isso definitivamente indica que em nossa região estamos no caminho, seja na ação individual de pessoas empreendedoras, seja no incentivo dos setores público e privado ao empreendedorismo inovador e seja no início de um processo articulado e articulador das ações de todos que trabalham com esse tema no Vale do Taquari. Temos muito a fazer, muito a avançar, mas temos um grupo disposto a fazê-lo, ou seja, temos pessoas engajadas e que engajam!

Cíntia escreve sempre no primeiro fim de semana do mês. Fale com ela: [email protected]

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