“Todas as atletas querem ter essa oportunidade um dia”

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“Todas as atletas querem ter essa oportunidade um dia”

Aos 16 anos, Sabrina de Brito foi convocada pela primeira vez para a seleção brasileira de futebol feminino sub-17. Já disputou partidas internacionais e foi campeã gaúcha no ano passado. Natural da Delfina, em Estrela, contou com o apoio da…

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“Todas as atletas querem ter essa oportunidade um dia”
Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

Aos 16 anos, Sabrina de Brito foi convocada pela primeira vez para a seleção brasileira de futebol feminino sub-17. Já disputou partidas internacionais e foi campeã gaúcha no ano passado. Natural da Delfina, em Estrela, contou com o apoio da comunidade desde o início da carreira. Em apenas três anos treinando na posição, hoje é goleira dos times sub-16 e sub-18 do Sport Club Internacional, escolhida e contratada após uma peneira.

• Quem te incentivou a começar no esporte?

Desde pequena, eu jogava futebol, mas nunca imaginei que iria me tornar goleira. Faz três anos que jogo nessa posição e sou muito feliz. Diversas pessoas sempre me incentivaram a jogar futebol, minha família, os amigos, professores além de toda a comunidade da Delfina.

• Qual a sensação de defender a camisa da seleção em campo?

A sensação é ótima. É a sensação de que estou fazendo as coisas certas, de que estou me esforçando e de que não posso parar. Todas as atletas querem ter essa oportunidade um dia, mas não é tão fácil tem que se dedicar muito, nos treinos, na escola, em tudo que se faz no dia a dia.

• Qual jogo mais te marcou até hoje? Por quê?

Tive muitos jogos que marcaram. Tanto regionais, como estaduais e internacionais. Mas a final do gauchão da sub-15 do ano passado foi a mais me marcou. Aquele jogo me mostrou que somos muito capazes. Ninguém acreditava na nossa equipe, ninguém dava apoio. Passávamos os finais de semana vendendo rifas e fazendo jantares para arrecadar dinheiro para nossas despesas. Acabamos sendo campeãs gaúchas, isso foi maravilhoso, todas as atletas e pais vendo o esforço sendo recompensado.

• Já sofreu algum tipo de preconceito por ser mulher e jogar bola?

Sim, infelizmente toda mulher sofre preconceito jogando futebol. Eu, por exemplo, sempre fui alvo de falatório por estar jogando entre homens, já que na minha comunidade havia poucas meninas que gostavam de jogar.

• Como você avalia o crescimento do futebol feminino nos últimos anos? O que ainda falta evoluir no esporte?

Aos poucos podemos ver algumas evoluções, mas óbvio que precisamos de muito crescimento ainda. Precisamos de mais visibilidade, direitos iguais e, com certeza, motivação diária.

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