Mais 1.030 bebês. Mais filas nas creches

Opinião

Fernando Weiss

Fernando Weiss

Diretor de Mercado e Estratégia do Grupo A Hora

Coluna aborda política e cotidiano sob um olhar crítico e abrangente

Mais 1.030 bebês. Mais filas nas creches

Por

Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

Resolver a falta de vagas nas creches de Lajeado transformou-se em martírio para o governo municipal, ainda mais diante da promessa feita em campanha eleitoral de zerar o déficit. Afinal, promessa é dívida.
Ao passo que novas vagas são criadas, acrescem-se novas crianças na lista de espera. E não são poucas. Em 2019, por exemplo, nasceram 1.030 bebês em Lajeado, conforme dados apresentados pela Secretaria da Saúde nesta semana.Há números e cruzamentos curiosos relacionados aos nascimentos. Assim como em âmbito nacional, o
maior número de novos filhos se concentra nos bairros das classes média ou baixa. O que também acompanha índice nacional é o tipo de parto: do total de nascidos, 684 foram por cesárea e 346 parto natural, o que corresponde a 50%. Se pegar apenas os partos da rede privada, a cesárea representa mais ainda e chega a 76% do número total – 283 para 68.
O número de mortes em 2019 chegou a 473, deixando um saldo positivo de 557 em relação aos nascimentos. Ou seja, a população lajeadense segue em curva acelerada de crescimento, consolidando a estimativa média de mil novos habitantes (somados nascimentos e imigrantes) por ano.
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Vagas nas creches

O drama de pais e mães que não conseguem vagas numa escola infantil, especialmente no berçário, aumenta a cada fim de ano. A promessa do prefeito Marcelo Caumo, de zerar o déficit, está longe de se concretizar. Pelo contrário, mesmo com a abertura de novas vagas ao longo dos anos, a fila está maior este ano em comparação ao início de 2019. Ainda está para ser criada uma política pública capaz de garantir espaço para todas as crianças de 0 a 5 anos nas creches da cidade. Este assunto tem ‘pano para manga’ na campanha eleitoral que se avizinha.


bolsonaroPara servir de lição

“Inadmissível o que aconteceu. Ponto final. Ele já perdeu o cargo”, foi a explicação direta do presidente Jair Bolsonaro ao anunciar a demissão do secretário-executivo da Casa Civil, Vicente Santini. E não haveria de ser diferente. O secretário usou um jato da Força Aérea Brasileira para viajar à Índia, acompanhado de apenas mais duas assessoras. Ou seja, rasgou dinheiro público.
A decisão de Bolsonaro tem uma simbologia que deveria inspirar gestores Brasil afora. Muitas vezes, absurdos como este acabam perdoados em nome do apadrinhamento e da composição partidária. Esse tipo de atitude não se impõe apenas pela questão financeira, mas por um necessário estabelecimento da moral dentro das repartições públicas.


Prazo para votar

No que depender do novo presidente do Legislativo, o projeto que estabelece o novo Plano Diretor de Lajeado será votado em 30 dias a partir da retomada do recesso, marcado para a próxima terça-feira. Ocorre que o projeto está com as comissões internas desde o primeiro semestre de 2019 e até aqui não resultou em acordo. “Ou vota a favor ou contra, mas vamos votar. Tá na hora da gente dar andamento às coisas”, adianta Lorival Silveira (PP), que preside a câmara neste ano eleitoral.


Um novo propósito

Lajeado completou 129 anos no último domingo, dia 26. O novo ecossistema que toma formato e dimensão a partir do Pro_Move fez a cidade encontrar um novo propósito para se desenvolver. Lajeado vive o melhor momento das últimas décadas. Se conseguir manter essa sinergia entre setores e paripassu melhorar o atendimento aos serviços básicos à sociedade, o futuro nos reserva coisa boa.


Fogo amigo

Ano eleitoral é clássico. Estrela que o diga. A “camaradagem” que prevaleceu por sete anos se esfarelou à medida que partidos começaram a vislumbrar o comando da prefeitura. O que era improvável há pouco tempo acontece: integrantes do governo atual pedindo a cabeça do secretário de Meio Ambiente, Hilário Eidelwein, condenado por fraude em licitação.
Antes, todo mundo era “amiguinho” e saia em defesa dos colegas. Agora, para obter dividendos eleitoreiros, o fogo amigo corre solto e tem gente dos partidos que compõem a base aliada pedindo a cabeça de Eidelwein. Imagina como será até outubro.
 

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