Quando era jovem, Rudi Inácio Wickert, 65, sofreu um acidente durante um jogo de futebol que o deixou deficiente auditivo. Hoje, é torcedor fanático do Grêmio, time que mantém vivo o seu amor pelo futebol.
• Quando você começou a jogar futebol?
Tinha uns 15 anos de idade, quando atuava pelo São Bento de Lajeado. Aos 20 defendia as cores do Esportivo de Santa Clara, onde fui campeão municipal duas vezes.
• Como foi o acidente que interrompeu a carreira?
Ocorreu no dia 22 de julho de 1992. Eu era lateral esquerdo e fui atingido pelo lateral direito do Coroas. Ele me deu um “tranco” nas pernas e eu cai com a cabeça em cima da mureta lateral. Até hoje ninguém me pediu perdão. Foi ali que perdi completamente a audição.
• E como surgiu a paixão pelo Grêmio?
Desde cedo. Na verdade, contrariei meu pai Leopoldo Wickert que era colorado. Hoje acompanho todos os jogos, tenho várias camisetas e a casa é toda decorada azul, branco e preto.
• Qual o título mais marcante?
A primeira Libertadores em 1983 contra o Penharol. Derrotamos a equipe por 2 a 1 com o gol marcado aos 42 min do segundo tempo. Em dezembro do mesmo ano, conquistamos o primeiro título mundial contra o Hamburgo. O gol do título foi marcado por Renato Gaúcho, que também foi eleito o melhor em campo.
• Qual o jogo mais memorável?
No ano de 1972, jogo válido pela fase de grupo da Libertadores, o Grêmio venceu o Santos do Pelé por 1 x 0. O gol foi marcado por Carlinhos, aos 44min do segundo tempo.
• Qual a pior derrota?
Os 5 a 0 sofrido contra o Flamengo na Semifinal da Libertadores de 2019. Foi uma das piores.
• Quais os itens colecionados?
Tenho sete camisas, bermudas, cadeiras pintadas em azul, preto e branco, toalhas, quadros com imagens dos principais títulos, capas, térmicas e bonés.
• Como você acompanha os jogos e notícias do clube?
Leio muitos os jornais impressos. Ali me mantenho informado. Também acesso os portais de notícias do estado e assisto todos os jogos pela televisão e, de vez em quando, vamos para a Arena do Grêmio.
• Como você se sente ao saber que é o gremista mais conhecido da cidade?
Sempre que saio de casa visto a camisa do Grêmio. É uma alegria enorme torcer para esse time. Também tenho um carinho e respeito pelos colorados, até eles gostam de mim. Isso é muito gratificante.
