“Tecnologia é um jeito de resgatar o interesse pelo alemão”

Abre Aspas

“Tecnologia é um jeito de resgatar o interesse pelo alemão”

Natural do interior de Venâncio Aires, Rogério Vogt, 36, saiu do canteiro de obras para incorporar o “Alemonzito”. O personagem que aborda as coisas simples do interior usando o dialeto alemão faz sucesso nas redes sociais e coleciona milhões de visualizações em menos de um ano de projeto

Por

“Tecnologia é um jeito de resgatar o interesse pelo alemão”
Vale do Taquari

• Como surgiu o personagem Alemonzito?

Eu comecei trabalhando em lavouras, na área rural. Depois fui para as obras e tenho também uma banda, a Musical Star. Daí numa brincadeira eu fiz um vídeo para meus amigos. Esse vídeo começou a se propagar e comecei a fazer outros, lá no interior de Marechal Floriano, na casa de meus pais.

• Quando você percebeu que os vídeos estavam fazendo sucesso nas redes sociais?

Eu fiz alguns vídeos misturando o dialeto alemão com o português. Deu compartilhamentos ali no final de junho. Mas teve um vídeo em outubro que passa de 4 milhões de visualizações. É um vídeo motivacional, onde falo o que aprendi com a vida. A gente vive numa sociedade onde a pessoa quer fazer uma coisa diferente e recebe críticas. Eu usei essas críticas para algo construtivo. Acabou que muita gente se identificou.

• Além dos vídeos de comédia, você também traz temas à tona, como a importância do alemão. Como surgiu isso?

Essa é a ideia original. Fazer com que os jovens tenham mais interesse pelo dialeto. Nos primeiros vídeos, eu falava menos em português. Muitos jovens marcavam alguém e pediam tradução. Então eu vi que a tecnologia é um jeito de resgatar o interesse pelo alemão. Dai tento interagir com brincadeiras, sempre colocando um pouco do dialeto para as pessoas terem a curiosidade de aprender. Também busco nos vídeos mostrar a importância da família e dar exemplo aos filhos.

• Você é muito parecido com o Badin, só que alemão. Se inspira nele?

Eu curto bastante. Mas as brincadeiras já são coisas que fazia há tempo. Elas são parte de mim, da minha personalidade. Claro, costumo olhar os vídeos do Badin e ele é uma inspiração.

• Por onde passa, você é mais conhecido como Rogério Vogt ou Alemonzito?

Hoje muita gente me chama de Kiloguraa, que é um ‘merchanzinho’ que faço. Então, ou Alemonzito ou Kiloguraa.

• Das obras para as redes sociais. O que mudou na tua vida?

Na minha rotina mudou a questão de serviço. Antes trabalhava de um jeito e agora de outro. Com os vídeos, também abri as portas da rádio e integro a equipe da Terra FM, de Venâncio Aires. Vejo que consigo ir atrás dos meus sonhos e divulgar aquilo que acredito. Na simplicidade e pequenos gestos ainda está a nossa maior felicidade.

• Quais são os próximos passos do Alemonzito nas redes sociais?

É tudo muito recente, mas com certeza penso em novidades para o futuro. Está entrando bastante comerciais de pessoas de fora procurando o Alemonzito. A ideia é conseguir levar para as comunidades e fazer uma espécie de Stand Up do Alemonzito para trazer as coisas simples da colônia e a valorização do dialeto.

Acompanhe
nossas
redes sociais