“Eu não trabalho, me divirto”

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“Eu não trabalho, me divirto”

Bernardo Hunecke, 40 anos, natural de Teutônia, iniciou na música por influência do avô e do pai que tocavam instrumentos de sopro. Hoje é saxofonista e atua como regente em diversas orquestras no estado, entre elas a Banda de Estrela, na qual é mestre desde 2007.

Por

Estrela

• Você se formou onde e qual o nome do curso?
Tenho Licenciatura em música na Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS) e estou concluindo bacharel de saxofone na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

• Como começou o seu gosto pela música? Quando e por quê?
Na infância. O meu vô era flautista e clarinetista. E o meu pai é saxofonista até hoje.

Quais estilos musicais vocês tocam na Banda de Estrela e quantos integrantes tem?
Atualmente tem 15 integrantes contando comigo. Nós tocamos o estilo alemão Blaskapelle que tem somente instrumentos de metais. Não tem contrabaixo, a gente tem por exemplo acordeom, mas ele não tem teclado.

• A Banda de Estrela já se apresentou em outros estados ou países? Se sim, quais?
Nós já participamos de festivais de música no Estado. Ainda não fizemos viagens internacionais, mas está no nosso planejamento. Esse ano vamos programar uma viagem para a Europa.

• Como funciona para outras pessoas participarem da banda? Como elas podem entrar?
Quando abre uma vaga a gente faz o teste e tenta sempre suprir ao máximo com pessoas de Estrela.

• Além da Banda Estrela, onde mais você atua?
Eu dou aulas desde 2006 no Núcleo Cultural que é um projeto da administração de Estrela. As oficinas são de saxofone, trompetes, trombones, flautas, clarinetas, violão, teclado, entre outros. Faço freelancer em diversas orquestras do Estado e participo do colegiado de música do governo do estadual, onde a gente analisa e debate os projetos de música. Tenho também uma empresa de música, sou avaliador de provas de concursos públicos e participo do Quarteto Fascínio, que é só de saxofonistas.

• Quais os desafios da profissão de maestro?
Estar sempre atento, se comunicar individualmente. É como se fosse um líder que precisa saber tudo que acontece fora dos ensaios para saber como agir melhor e extrair o máximo deles.

• Como o maestro é visto/valorizado na sociedade?
Há 20 anos todos os músicos de orquestras ganhavam salários. Hoje, os únicos que ganham meio salário são da Banda de Estrela no Vale do Taquari, os outros músicos, com exceção do regente, são voluntários. Muitos escutam a música, apreciam a arte, mas na hora de pagar ou de investir em teatro não valorizam. Isto é lamentável.

• O que a música representa para você?
Conforto, distração. Eu não trabalho, eu me divirto. Todo trabalho deve ser prazeroso.

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