Indústrias adotam medidas para manter produção

Coronavírus

Indústrias adotam medidas para manter produção

Trabalho Home Office, dispensa de empregados, vendas on-line e distribuição de álcool gel integram ações

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Indústrias adotam medidas para manter produção
Vale do Taquari
Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

Em consequência do Covid-19, nas últimas duas semanas as três principais cooperativas da região na área de suínos, leite, aves e grãos adotaram uma série de medidas cautelosas evitando propagar o vírus.

O presidente Executivo da Dália Alimentos, Carlos Alberto de Figueiredo Freitas, com formação acadêmica medicina veterinária, explica que a missão é produzir e oferecer alimentos com segurança e responsabilidade e participar de forma positiva na solução deste período de turbulência.

Em relação ao campo, a equipe técnica foi orientada a trabalhar em modo Home Office para evitar o contato com os associados, tendo a possibilidade de esclarecimentos e atendimentos através do telefone e WhatsApp.

Todas as indústrias operam normalmente, porém, com quadro reduzido em decorrência do afastamento das pessoas que fazem parte do grupo de risco. Semanalmente a direção participa de videoconferências com a ministra Tereza Cristina, com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), OCB, SIPS, Ocergs, entre outros.

“O grande desafio é manter as indústrias de alimentos operando, pois, a população não pode ficar desabastecida de alimento e, enquanto houver condições, vamos continuar transportando o leite das propriedades até as plantas industriais, assim como realizando o carregamento dos suínos e das aves até as unidades frigoríficas”, afirma.

Quanto à rede de supermercados cita a eficácia do serviço no modo on-line, com compras pela internet e entrega em casa, sem que o cliente necessite sair do seu lar. Disponível em super.dalia.com.br

Linhas suspensas

De acordo com o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Alexandre Guerra, para manter a produção e o fluxo de distribuição é preciso “contar com a colaboração de todos: do poder público, produtores de leite e grãos, colaboradores de laticínios, veterinárias, transportadoras, oficinas mecânicas, inspeções técnicas oficiais e terceirizadas. Para que muitos possam ficar em casa com segurança e saúde, nós precisamos seguir produzindo alimentos”.

Além de manter as rígidas ações de higiene e controle da produção, foi adotado o sistema de Home Office, o distanciamento entre postos de trabalho e oferecidas alternativas de transporte até às fábricas de forma a minimizar riscos.

“As mudanças obrigaram a suspensão de algumas linhas de produção de itens que não são de extrema necessidade e gera impacto negativo na rentabilidade das operações fabris. As equipes trabalham no processamento de produtos de relevância social como o leite UHT, leite em pó e queijos, atualmente os mais demandados no varejo”, explica.

“É quase impossível parar”

O recebimento de grãos na Arla Cooperativa, cuja unidade de silos está localizada na Linha Primavera, interior de Cruzeiro do Sul, não pode parar. Em plena safra de soja, o gerente Alexandre Schneider considera fundamental manter as atividades em horário normal da semana.

“A situação climática deste ano não está favorável para a agricultura e ainda não disponibilizar a unidade para recebimento de soja dos associados seria muito ruim, visto que muitos associados dependem dos silos”, afirma.

Segundo Schneider, a cooperativa sempre prima pela saúde dos colaboradores, associados e comunidade em geral, portanto, várias medidas preventivas para evitar o contágio foram tomadas.

Os funcionários do grupo de risco foram dispensados, apenas o motorista acessa a unidade, a orientação é lavar as mãos seguidamente e a higienização é feita com álcool gel. Vendedores e representantes são atendidos por telefone. “Retiramos bebedouros e desativamos o refeitório momentaneamente. Tudo para preservar a saúde de todos e manter o funcionamento normal”, observa.

Atividades normais

Na Cooperativa Languiru as atividades das plantas industriais e dos demais negócios são mantidos normalmente, no entanto com medidas de prevenção para evitar o contágio, tanto de funcionários ou de clientes. “O setor de alimentos é vital. Todos precisam consumir e implantamos práticas preventivas para que nada de pior aconteça”, destaca o presidente Dirceu Bayer.

Aos clientes dos mercados é oferecida também a possibilidade de compra pelo telefone ou aplicativo, com entrega direto nas casas.

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