Em entrevista na manhã de hoje à Rádio A Hora, o promotor Sérgio Diefenbach defendeu os decretos de isolamento impostos pelo governo de Lajeado. Citando palavras como “guerra contra um inimigo invisível”, o promotor destacou a necessidade do distanciamento para evitar o colapso na saúde pública.
Conforme Diefenbach, o Ministério Público está balizando as ações com base na orientação dos órgãos de saúde. Para ele, “o país está sendo posto a uma prova máxima”, mesmo que o impacto ainda não seja sentido na região. “O brasileiro tem a cultura de ver para crer. Estamos lidando com um vírus que não vemos e com mortes que ainda não aconteceram aqui. Então parece que podemos voltar a trabalhar”, reforça.
O promotor percebe as dificuldades econômicas das empresas nesse período de pandemia. Entretanto, destaca que os órgãos policiais serão rígidos na fiscalização de irregularidades. “A polícia deve defender quem gera emprego. Mas se o empreendimento estiver colocando a saúde pública em risco, ele será fechado”, sustenta.
Temor de Diefenbach é o colapso da saúde pública. Matéria do A Hora de hoje aponta que no Vale do Taquari existem apenas sete leitos de UTI, 80 leitos de enfermagem e 16 respiradores para tratamento do covid-19.
Um possível fechamento da Rua Júlio de Castilhos foi citado pelo promotor como uma medida “simbólica” para mostrar que a quarentena ainda vigora no município. Ele também questionou movimentos que organizam carreatas para reabertura do comércio. “Que essas manifestações sejam feitas pelas redes sociais”, pediu.
Diefenbach ainda reforçou a necessidade de união e raciocínio no combate ao coronavírus. “A criação de inimigos é a receita para afundarmos todos”, afirmou ao abordar o embate entre governo federal com estados e municípios.
Confira a entrevista completa no link abaixo:
