Coronavírus adia sonho

Arte circense

Coronavírus adia sonho

Jeferson Köhnlein segue na busca por recursos para disputar o Mundial de Roda Cyr em 2021

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Coronavírus adia sonho
Pepe estava com uma rotina puxada de treinamentos. Competição mundial foi transferida para julho de 2021 - Foto: Ezequiel Neitzke
Estrela
Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

A preparação estava intensa. Horas e horas em cima de uma roda todos os dias. Assim Jeferson Köhnlein, o “Pepe” estava se preparando para disputar o Mundial de Roda Cyr, nos Estados Unidos, em julho. Em virtude da pandemia, a competição foi adiada para o próximo ano.
De família humilde, Pepe sempre sonhou em ser artista. Com o passar dos anos, durante as aulas na escola começou a se destacar e se aperfeiçoar nas aulas de educação artística. Nessas aulas conheceu algumas pessoas que o convidaram para participar de trupes. Começou como perna de pau e com atividades com fogo. Hoje, aos 30 anos, tem a própria empresa, fazendo espetáculos pelo Vale do Taquari e tem o sonho de ganhar o mundo com a arte.
O interesse pela roda Cyr veio através de um amigo que praticava o aparelho no Cirque du Soleil. “Achei legal e comecei a praticar sozinho olhando vídeos na internet. Me gravava e mandava para amigos avaliar.”
Além de competir e disputar um mundial, o maior sonho do atleta é trabalhar em uma companhia artística internacional. “Quero poder viajar o mundo com meu trabalho. Tenho o sonho paralelo de levar a cultura, arte e ajudar mais pessoas com o circo.”

Para Pepe, qualquer que seja a habilidade de uma pessoa, ela terá espaço para se apresentar no circo – Foto: Bibiana Faleiro/Arquivo A Hora

O campeonato mundial

Apaixonado por esportes, Pepe participou de campeonatos nacionais de bicicros e karatê, mas nunca teve a oportunidade de disputar um mundial. “É muita felicidade poder participar deste mundial.”
Ele conta que a possibilidade de participar no campeonato surgiu no início do ano. Após pedir informações para os organizadores, recebeu os dados e o convite para disputar a competição. “Será a primeira vez que vou disputar uma competição de roda e logo em nível mundial. No Brasil não é esporte que tem federação ou delegação, então não tem competições, o máximo são cursos.”
Para disputar a competição no ano que vem, o atleta está fazendo ações afim de buscar recursos. Segundo ele, entre passagens de ida e volta, hospedagem e alimentação, as despesas chegam próximos a R$ 16 mil.
Preparação
Até a transferência em virtude do coronavírus, Pepe estava treinando três horas por dia. Duas em cima da roda, e uma na academia, fora os trabalhos de professor de arte circense. “Estava no limite da exaustão, pois não queria chegar lá e depois que o campeonato acabar ficar com a sensação de não ter conseguido. Mas vou seguir me preparando para chegar lá muito forte e buscar o título.”

Conheça a roda Cyr

A roda Cyr (também conhecido como o roue Cyr , roda mono , ou roda simples) é um aparelho acrobático que consiste em um anel individual grande, feita de alumínio ou de aço com um diâmetro de cerca de 10 a 15 cm (4-6 pol) mais alto do que o performer. O intérprete fica no interior da roda e agarra Cyr sua borda, fazendo-a rolar e giram giroscópio enquanto executa movimentos acrobáticos e em torno da roda rotativa. O aparelho e seu vocabulário movimento tem algumas semelhanças com a roda alemã , mas que a roda alemã é composto por dois grandes anéis ligados entre si por travessas horizontais e tem alças para o performer se agarrar, a roda moderna Cyr consiste de um único anel e tem há alças. A roda Cyr leva o nome de Daniel Cyr, que reinventou-lo como um circo aparelho no final do século 20.

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