Estiagem agrava situação no campo

Editorial

Estiagem agrava situação no campo

Atualizado quarta-feira,
01 de Abril de 2020 às 20:12

Estiagem agrava situação no campo
Vale do Taquari
Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

Nas últimas semanas, a preocupação central de autoridades de todo o planeta volta-se à pandemia de coronavírus. No entanto, o poder público brasileiro não pode perder de vista a gravidade da estiagem que assola o Rio Grande do Sul.

Pilar principal da economia gaúcha, o setor primário enfrenta as maiores dificuldades nos últimos dez anos. A estiagem é considerada a pior desde 2010, com um prejuízo ainda incalculável, não apenas aos produtores, mas para a economia gaúcha como um todo.

Enquanto agricultores contam as perdas, organizações tentam pressionar o governo federal a dar o amparo necessário para reduzir os impactos.

Lavouras comprometidas, poços e açudes secos, animais fracos e desnutridos. As altas temperaturas, a falta de chuva e de umidade, que perdura faz meses, e a pouca perspectiva de reversão das condições climáticas para o próximo período prenunciam um cenário dramático.

Entre 2010 e 2011, em um dos períodos de estiagem mais críticos da história recente do Vale, o prejuízo no campo ultrapassou R$ 40 milhões. Como enfrentar esse problema cíclico, que periodicamente assola as propriedades?

São nesses períodos que se torna indispensável a presença do poder público e das organizações vinculadas ao campo. No entanto, as medidas não podem se restringir a ações paliativas.

No Rio Grande do Sul, estado que depende eminentemente da agropecuária, urge a criação de um sistema inovador de irrigação no meio rural. Ainda são poucas ou insuficientes as políticas públicas voltadas para o campo, capazes de fazer com que a principal fonte de riquezas do RS não continue como refém do tempo.


Erramos

Diferente do divulgado na matéria “Comunidade pede melhorias na ponte de ferro”, a administração municipal de Lajeado investiu R$ 10,3 mil para troca da estrutura de madeira, em vez de R$ 10,3 milhões.

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