“Hoje me sinto realizado ajudando mais de 200 crianças”

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“Hoje me sinto realizado ajudando mais de 200 crianças”

Ex-atleta profissional, Gilberto Gewehr é professor e coordenador do Projeto Estrelas do Futuro desde 2017. A iniciativa visa acompanhar o desenvolvimento individual de cada atleta e formar cidadãos para o futuro

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“Hoje me sinto realizado ajudando mais de 200 crianças”
Vale do Taquari

• Quanto tempo você trabalha como treinador?

Me sinto treinador desde que me conheço por gente (risos). Na verdade sou professor e educador físico. Me formei na faculdade em 2008 e dou aula desde 2003. Hoje estou a frente do Estrelas do Futuro desde 2017.

• O que te levou a trabalhar com crianças e por que crianças?

Hoje dou aulas para crianças, pois particularmente me sinto uma ainda. Me identifico e tento passar todos ensinamentos que ganhei quando era também uma criança e atleta de escolinhas há 30 anos atrás.

• Como é contribuir para a formação do indivíduo?

Tive o América, de Estrela, e o Nacional, de Lajeado, do nosso saudoso Mineiro (in memorian), como orientação e formação no mundo esportivo. Como professor tento ser uma referência positiva na vida destas crianças, da mesma forma que meu pai e demais professores foram comigo..

• Como o esporte pode ajudar a termos uma sociedade melhor?

Os valores como disciplina, amizade, determinação de ser um vencedor, respeito e educação em primeiro lugar. Saber ser uma pessoa legal e trabalhar em equipe, ter atenção para um melhor desenvolvimento e ter um melhor desempenho. A escola é termômetro de desenvolvimento e interesse por parte dos meninos. Vamos medindo a temperatura deles no decorrer do ano. O esporte ensina o que a pessoa precisa aprender para ter sucesso na vida.

• Qual o momento em que sentiu mais orgulho?

O momento que me senti com mais orgulho profissional é quando realizo os eventos do meu projeto para as famílias e vejo o sorriso de todos e a felicidade das crianças. Já em âmbito pessoal, o meu maior orgulho foi ter sido pai de dois meninos lindos que adoram jogar futebol e hoje são minha razão de viver. Além de ter uma família linda. Meu orgulho é com certeza minha família.

• Você está à frente do projeto faz alguns anos. Qual a diferença da juventude de hoje com a de quando iniciou-se o projeto?

Juventude de hoje tem muito mais acesso a coisas desnecessárias, um exemplo é o celular. Muitos jogos e tempo desperdiçado. Automaticamente estamos tendo crianças mais sedentárias e mais preguiçosas. Além de um elevado índice de depressão e incapacidade emotiva, com distanciamento social. Antigamente vivíamos nas ruas e hoje as crianças vivem trancadas em seus mundos virtuais.

Você foi jogador, quais as principais diferenças de quando você atuava para hoje em dia?

Quando joguei futebol profissional as possibilidades eram mais difíceis. As escolinhas sofriam sem incentivo. Haviam poucos profissionais e poucas competições existiam na época. Quando cheguei aos 13 anos, nossa escolinha fechou e não tínhamos mais aonde jogar.

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