RS contra a pandemia

Editorial

RS contra a pandemia

RS contra a pandemia
Estado
Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

O governo do estado acerta em manter as medidas de restrições às atividades econômicas e à circulação de pessoas. Duas semanas a mais de suspensão podem ser decisivas para salvar vidar e evitar a sobrecarga ao sistema de saúde do Rio Grande do Sul.

Para muitas pessoas, porém, a manutenção da quarentena frustrou os planos de retorno ao trabalho. Diversos segmentos estão apreensivos com a interrupção das atividades e com os prejuízos decorrentes do fechamento. Alguns empreendimentos correm o risco real de ter que reduzir salários, desligar funcionários e, nos casos mais extremos, decretar falência.

Cautela e racionalidade são palavras de ordem nesta difícil conjuntura. Por onde passaram, as duas ondas da pandemia causaram sérios problemas. A primeira onda consiste na ameaça à saúde da população, números assustadores de óbitos e colapso do sistema de saúde. A segunda onda volta-se à economia, com consequências que podem levar as nação a uma profunda depressão econômica.

Para as duas etapas da pandemia, o estado e o país precisam estar preparados. O próprio presidente da República, que parecia resistir em aceitar a gravidade dos impactos na saúde, mudou o tom do discurso em rede nacional e reconheceu a ameaça. Ao mesmo tempo, medidas são anunciadas na tentativa de reduzir os efeitos econômicos, com políticas específicas a empregados e empregadores.

Em nível estadual, é preciso considerar que a curva de casos confirmados avança em um ritmo mais acelerado do que no país. Embora o RS tenha levado duas semanas a mais para registrar o primeiro caso, depois disso a evolução tem sido mais rápida do que a média nacional e que São Paulo, estado que apresenta a situação mais grave até o momento no Brasil.

As próximas semanas tendem a acentuar a ascensão dos casos de contaminações. Com a manutenção da estratégia de isolamento, a expectativa é que o estado consiga achatar a curva de crescimento.

Ao mesmo tempo, tanto Estado como a União precisam intensificar medidas para reduzir os efeitos no campo econômico para que o remédio não seja pior do que a doença.

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