Enquanto é tempo

Editorial

Enquanto é tempo

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Vale do Taquari

Enfim o governo federal parece ter despertado para a gravidade do problema. A partir de um discurso mais lúcido nesta semana do presidente da República, uma série de medidas começa a aparecer, tanto para reforçar as estratégias na área de saúde como para reduzir os impactos na economia.

O socorro do governo a empresas e trabalhadores chega em boa hora na tentativa de frear as demissões. O cenário é muito crítico e exige do Estado uma postura desatrelada de disputas ideológicas. A exemplo do que governos têm feito mundo afora, a União precisa fazer a sua parte e prestar o apoio necessário para manter o máximo de vínculos empregatícios.

Importante frisar que, no campo econômico, haverá perdas para todos os setores. Isso é inevitável. O possível é reduzir os danos por meio de políticas públicas que possibilitem que a nação atravesse as turbulências em condições de se recuperar em médio a longo prazo.

A Medida Provisória que permite que empresas reduzam jornadas e salários é importante. O repasse de uma quantia básica para autônomos também. Contudo, embora sejam ações necessárias, elas ainda são insuficientes.

No fim da arte de ontem, governadores dos estados do Sul e do Sudeste emitiram uma carta com pedido de socorro às finanças públicas estaduais. Diante da diminuição drástica de arrecadação, estados e municípios temem o colapso.

Entre as medidas, pedem a suspensão dos pagamentos das dívidas da União, prorrogação do prazo final de quitação de precatórios, inclusão do financiamento às empresas para os pagamentos de impostos entre as alternativas a serem oferecidas pela rede bancária e recomposição imediata de perdas de outras receitas além do FPE, FPM e ICMS.

Achatar a curva de crescimento de casos de covid-19 é a prioridade no momento. Isso significa salvar vidas e evitar o esgotamento do sistema de saúde. Não menos importante, porém, é fazer o possível para evitar o caos socioeconômico.

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