Entenda o que muda para o Vale com a bandeira laranja

Flexibilização

Entenda o que muda para o Vale com a bandeira laranja

Mudança na classificação beneficia principalmente o comércio, que está autorizado a reabrir a partir desta segunda-feira

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Atualizado domingo,
17 de Maio de 2020 às 17:50

Entenda o que muda para o Vale com a bandeira laranja
(foto: arquivo A Hora)
Vale do Taquari

Depois de duas semanas, o Vale do Taquari deixou de ter bandeira vermelha. A classificação, imposta inicialmente no decreto transitório do governo do estado e, depois, na adoção do distanciamento social controlado, foi revisada nesse sábado, 16, deixando a região com a bandeira laranja.

De acordo com as classificações do distanciamento social controlado, a bandeira laranja representa risco médio para contaminação pelo coronavírus. Significa que o Vale encontra-se em um dos dois cenários: média capacidade do sistema de saúde e baixa propagação do vírus ou alta capacidade do sistema de saúde e média propagação do vírus.

Mas, na prática, o que de fato muda com a bandeira laranja? Confira quais as atividades que terão permissão para retomada a partir desta segunda-feira, 18, até o próximo sábado, 23, quando uma nova atualização será feita.

COMÉRCIO

Um dos setores mais afetados pela pandemia do novo coronavírus, o comércio está autorizado a reabrir a partir desta segunda-feira, após uma semana fechado, onde nem mesmo os sistemas de take away e delivery eram permitidos.

Comércio de veículos, manutenção e reparação de veículos automotores, comércio atacadista não essencial, comércio varejista não essencial e centros comerciais e shoppings podem funcionar com 50% de trabalhadores. Neste último, a lotação não pode passar de 50% e também é recomendado o monitoramento da temperatura de visitantes.

Já os comércios varejista e atacadista de produtos alimentícios e itens essenciais, bem como de combustíveis para veículos automotores podem funcionar com 75% de sua capacidade.

SERVIÇOS

Casas noturnas, bares, pubs, teatros e cinemas devem continuar fechados, bem como segue vedada a realização de eventos. Academias de ginástica e em clubes podem funcionar com apenas 25% de seus trabalhadores, com atendimento individualizado, respeitando o teto de ocupação.

Já os clubes sociais e esportivos podem abrir com 25% da capacidade, com atendimento individualizado de atletas (profissionais e amadores). Também podem operar com 25% dos trabalhadores os salões de beleza e barbearias, com atendimento individualizado, e as agências de viagens e turismo.

Lavanderias podem funcionar com 50% da capacidade de trabalho, bem como serviços de reparação e manutenção de objetos e equipamentos, imobiliárias, serviços de contabilidade, auditoria, engenharia, arquitetura e publicidade, de profissionais de advocacia, bancos e lotéricas e call-center.

Serviços domésticos também estão autorizados, com 50% dos trabalhadores, enquanto os de vigilância e de edifícios podem operar com 75% da sua capacidade. Funerárias e serviços pesquisa científica e laboratórios (pandemia) seguem autorizados a trabalhar com 100%.

Missas e cultos religiosos estão autorizados a funcionar, mas com uma limitação de 25% do público e atendimento individualizado, em caso de outros serviços religiosos.

ALIMENTAÇÃO E HOSPEDAGEM

Pela nova classificação, os restaurantes de autoatendimento (onde o cliente vai ao buffet e serve seu prato de comida) continuam fechados. Já os restaurantes com pratos feitos e la carte, bem como lanchonetes e padarias podem operar com 50% de sua equipe.

Hotéis e similares localizados dentro das cidades podem abrir com disponibilidade de apenas 50% dos quartos. Já, nos estabelecimentos situados à beira de estradas e rodovias, é permitida a disponibilização de todos os quartos.

Sem buffet, restaurantes se readaptam no atendimento aos clientes / Crédito: Gabriel Santos

TRANSPORTE

O transporte rodoviário de passageiros dentro dos municípios pode ocorrer com 60% da capacidade total do veículo. Para o transporte intermunicipal de passageiros é permitido até 75% de ocupação dos assentos, enquanto no transporte interestadual, esse percentual cai para 50%. Nestes dois, é recomendado o monitoramento da temperatura dos passageiros.

Atividades de correios e serviços postais continuam autorizadas com 75% de trabalhadores.

LEIA TAMBÉM: Vale do Taquari passa para bandeira laranja e poderá reabrir comércio

 

Entenda o distanciamento social controlado e a classificação por bandeiras

 

O Modelo de Distanciamento Controlado do Rio Grande do Sul foi construído com base em critérios de saúde e de atividade econômica, sempre priorizando a vida. Criou-se um sistema de bandeiras, com protocolos obrigatórios e critérios específicos a serem seguidos pelos diferentes setores econômicos.

O Rio Grande do Sul foi dividido em 20 regiões, que são analisadas considerando a velocidade de propagação da Covid-19 e a capacidade de atendimento do sistema de saúde. No total, 11 indicadores (como número de novos casos, óbitos e leitos de UTI disponíveis, dentre outros) determinam a classificação das bandeiras da região.

Conforme o grau de risco em saúde, cada região recebe uma bandeira nas cores amarela, laranja, vermelha ou preta. O monitoramento é semanal, e a divulgação das bandeiras ocorre aos sábados, com validade a partir da segunda-feira seguinte. Os protocolos obrigatórios devem ser respeitados em todas as bandeiras. Além disso, cada setor econômico tem critérios específicos que variam de acordo com a bandeira.

Municípios do Vale que passam a ter bandeira laranja

Anta Gorda
Arroio do Meio
Bom Retiro do Sul
Boqueirão do Leão
Canudos do Vale
Capitão
Colinas
Coqueiro Baixo
Cruzeiro do Sul
Dois Lajeados
Doutor Ricardo
Encantado
Estrela
Fazenda Vilanova
Forquetinha
Ilópolis
Imigrante
Lajeado
Marques de Souza
Muçum
Nova Bréscia
Paverama
Poço das Antas
Pouso Novo
Progresso
Putinga
Relvado
Roca Sales
Santa Clara do Sul
São José do Herval
São Valentim do Sul
Sério
Taquari
Teutônia
Travesseiro
Vespasiano Correa
Westfalia

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